Vertente da Teoria Sociológica do
Consenso.
A Escola de Chicago, também chamada
de teoria ecológica criminal ou da desorganização social, tem como expoentes Robert
E. Park e Ernest
Burgess, e atribui à sociedade e não ao indivíduo as causas do
fenômeno criminal.
Seus estudos basearam-se na
observância de uma grande metrópole (método de observação participante),
no caso, Chicago, e se constatou a influência do entorno urbano sobre a conduta
do homem. As grandes cidades são divididas em várias zonas, para o trabalho,
moradia, lazer, etc., sendo o nível de criminalidade variante entre elas.
Por conta do crescimento
desorganizado dos modernos núcleos urbanos, os grupos familiares passaram a ser
deteriorados e as relações interpessoais tornaram-se superficiais (em grande
parte causada pelo crescente número de imigrantes), o que acabou por
enfraquecer o controle social do crime.
Erneste Burgess, ao analisar o modelo
de crescimento das cidades norte-americanas, criou a teoria das zonas
concêntricas. De acordo com esta tese, quanto mais próximo do centro da
cidade, maior o índice de criminalidade, pois as atividades burocráticas,
financeiras e profissionais ali se concentravam, e quanto mais distante do eixo
central, menor o índice de criminalidade, correspondendo estas áreas a regiões
residenciais da classe mais abastada. Por isso que nas regiões intermediárias,
onde se concentravam as classes menos favorecidas, a criminalidade se
desenvolvia ainda mais, dada a proximidade do centro.
Para fins de combater o fenômeno
criminal, a Escola de Chicago defende a prioridade da ação preventiva (ex.:
incentivo ao controle social do crime pela vizinhança; recuperação de prédios
públicos degradados) e a minimização da atuação repressiva.
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