sábado, 28 de janeiro de 2017

Fale sobre... Escola de Chicago, Teoria Ecológica Criminal ou da Desorganização Social


Vertente da Teoria Sociológica do Consenso.
A Escola de Chicago, também chamada de teoria ecológica criminal ou da desorganização social, tem como expoentes Robert E. Park e Ernest Burgess, e atribui à sociedade e não ao indivíduo as causas do fenômeno criminal.

Seus estudos basearam-se na observância de uma grande metrópole (método de observação participante), no caso, Chicago, e se constatou a influência do entorno urbano sobre a conduta do homem. As grandes cidades são divididas em várias zonas, para o trabalho, moradia, lazer, etc., sendo o nível de criminalidade variante entre elas.
Por conta do crescimento desorganizado dos modernos núcleos urbanos, os grupos familiares passaram a ser deteriorados e as relações interpessoais tornaram-se superficiais (em grande parte causada pelo crescente número de imigrantes), o que acabou por enfraquecer o controle social do crime.
Erneste Burgess, ao analisar o modelo de crescimento das cidades norte-americanas,  criou a teoria das zonas concêntricas. De acordo com esta tese, quanto mais próximo do centro da cidade, maior o índice de criminalidade, pois as atividades burocráticas, financeiras e profissionais ali se concentravam, e quanto mais distante do eixo central, menor o índice de criminalidade, correspondendo estas áreas a regiões residenciais da classe mais abastada. Por isso que nas regiões intermediárias, onde se concentravam as classes menos favorecidas, a criminalidade se desenvolvia ainda mais, dada a proximidade do centro.
Para fins de combater o fenômeno criminal, a Escola de Chicago defende a prioridade da ação preventiva (ex.: incentivo ao controle social do crime pela vizinhança; recuperação de prédios públicos degradados) e a minimização da atuação repressiva.


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